Entenda o caso: Em Agosto, o site bem como o aplicativo das Lojas Renner ficou fora do ar por alguns dias, em decorrência de um ataque cibernético. Ao todo, máquinas das bases de dados de Porto Alegre e São Paulo foram afetadas, bem como cerca de 1,3 mil servidores.
O resgate: De acordo com a empresa, o sistema foi infectado por um ransomware — uma espécie de de malware que consegue restringir o acesso ao sistema infectado por meio de um bloqueio e cobra, em criptomoedas, um resgate para reestabelecer o acesso, que no caso foi de US$ 1 bilhão.
Além do bloqueio de quase todos os sistemas, a marca também ficou alguns dias sem receber o pagamento de faturas no autoatendimento ou caixa.
E como o Seguro Cyber (Riscos Cibernéticos) teria ajudado?
- Custos com especialistas de T.I para conter/resolver o ataque (apesar da Renner provavelmente ter um time de T.I de peso, dificilmente conseguiram resolver essa situação sozinhos)
- Custos de restauração e recuperação dos dados (segundo a notícia, mais de 1.000 bases de dados foram afetadas)
- Custos com Notificação e Monitoramento (na hipótese de dados pessoais terem sido acessados/corrompidos, a LGPD obriga a notificação dos titulares)
- Custos com Processos Judicias e Investigações (na hipótese de o caso evoluir para uma investigação bem como reclamação de terceiros, esses custos também estariam amparados)
- Lucros Cessantes. Fica óbvio aqui que talvez um dos maiores prejuízos deste caso tenham sido os lucros cessantes pela paralisação da operação online. Mas apesar desta também ser uma cobertura oferecida pelo mercado, ela geralmente tem uma franquia de dias! Caberia analisar a eventual cobertura somente a partir de esgotar a franquia em questão!
E por último mas não menos importante, o seguro cyber também fornece cobertura para pagamento do resgate. No entanto, cabe ressaltar que neste caso a empresa não apenas não pagou o resgate, mas também devido ao valor solicitado (US$ 1 bilhão), a apólice NÃO teria sido suficiente. Não há apólices com esse limite no mercado e mesmo que tivesse, esta geralmente é uma cobertura sublimitada.
OBS: Cabe lembrar que esta é uma análise hipotética com fins didáticos e não uma análise real de qualquer eventual cobertura ao caso. Ainda, cabe também ressaltar que as coberturas mencionadas na análise podem variar de seguradora para seguradora.
Eaí Corretor, curtiu essa análise? Então deixe aqui seu comentário e até a próxima!
Carol Novaes.